A
população brasileira voltou às ruas! A luta por um transporte mais
barato e de qualidade rompeu o silêncio de muitos, e trouxe para as ruas
milhares de pessoas que reivindicam mudanças reais e mais profundas em
nosso país. Para nós, da Coordenação dos Movimentos Sociais, a luta
popular nunca dormiu e agora retomou sua capacidade de mobilização.
Nossos jovens estão percebendo a necessidade de enfrentamento com
aqueles que impedem avanços no processo de redistribuição da riqueza, do
acesso a saúde, educação, a terra, cultura, da participação política e
da democratização dos meios de comunicação.
A intensa
mobilização da juventude assustou setores conservadores da sociedades,
que, com medo, tentam colocar as suas próprias reivindicações como sendo
a dos manifestantes. De forma oportunista, a elite tenta aproveitar
desse momento para promover retrocessos em nosso país.
Quando
nos levantamos para denunciar essas atrocidades cometidas contra o povo,
o aparelho repressivo do Estado age a serviço da elite. Essa mesma
elite que tem como porta-voz a grande mídia e que exerce sobre o povo
uma violẽncia cotidiana ao criminalizar os movimentos sociais e
manipular as informações sobre a realidade do país e do mundo.
A mudança no Brasil não pode parar, muito menos voltar pra trás. Não
admitiremos que sejam acordados gigantes que trouxeram as trevas ao
país, como os 21 anos de ditadura militar. Precisamos avançar na
implementação de um projeto realmente popular nesse país.
Dessa forma, reafirmamos que o que nos traz às ruas hoje é a luta por
direitos sociais para a população brasileira. Trata-se de um grito de
indignação de um povo historicamente excluído da vida política nacional e
acostumado a enxergar a política como algo danoso a sociedade. O
momento é favorável, temos que buscar a construção de um projeto que
atenda as demandas do provo brasileiro.
Pelo que lutamos?
- Passe livre: As políticas de mobilidade precisam voltar-se ao
transporte coletivo, garantindo direito de uso da cidade para toda a
população.
- Reforma Política: contra o financiamento privado
das campanhas eleitorais, ampliando garantias da participação popular
nas decisões.
- Investimento em educação: 10% do PIB para a educação e 100% dos royalties do pré-sal destinados a educação brasileira.
- Lei da mídia democrática. Chega de manipulação, queremos liberdade, pluralidade e diversidade na mídia.
- Taxação das grandes fortunas que os ricos paguem a conta.
Assinam o texto
Coordenação dos Movimentos Sociais
CONAM - Confederação Nacional das Associações de Moradores CTB - Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil CUT - Central Única dos Trabalhadores Levante Popular da Juventude MAB - movimento dos Atingidos por Barragens MMM - Marcha Mundial das Mulheres MPA - Movimento dos Pequenos Agricultores MTD - Movimento dos Trabalhadores Desempregados MST - Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra Via Campesina UBES - união Brasileira de Estudantes Secundaristas UBM - União Brasileira de Mulheres UJS - União da Juventude Socialista UNE - União Nacional dos Estudantes UEE- Livre - União Estadual dos Estudantes Livre UNEGRO - união dos Negros pela Igualdade
Muito bom. Os movimentos sociais têm história de lutas e nunca estiveram distantes dos pleitos do povo, mas força e a garra ressurgiu com mais intensidade com as mobilizações populares de rua. O eixo principal, no meu entendimento, é a reforma política com financiamento público, não dando margem para a corrupção e outros desvios que possam surgir dentro dos aparelhos de estado por conta das dívidas e pactos firmados nas campanhas. O povo precisa permanecer na rua, mas com unidade, luta e organização, com direção e foco.
Muito bom. Os movimentos sociais têm história de lutas e nunca estiveram distantes dos pleitos do povo, mas força e a garra ressurgiu com mais intensidade com as mobilizações populares de rua. O eixo principal, no meu entendimento, é a reforma política com financiamento público, não dando margem para a corrupção e outros desvios que possam surgir dentro dos aparelhos de estado por conta das dívidas e pactos firmados nas campanhas. O povo precisa permanecer na rua, mas com unidade, luta e organização, com direção e foco.
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