domingo, 8 de setembro de 2013

Exclusão da mídia e da política foram as mais sentidas no 19º Grito dos Excluídos

Na manhã deste 7 de setembro, dia da Independência do Brasil,  diversos movimentos sociais se reuniam no Largo Glênio Peres. Entre outras pautas, reivindicavam a democratização da comunicação, a reforma política e a punição dos torturadores da Ditadura Militar.

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Por volta das 10 horas, os movimentos sociais começaram sua passeata rumo à Loureiro da Silva.  Eles permaneceram no Largo dos Açorianos gritando palavras de ordem que pediam, principalmente, a democratização dos meios de comunicação e a reforma política. João Herminio Marques, membro do movimento A Marighella, explicou que o protesto Independência ou Globo foi organizado porque o movimento entende que “a Globo seja a morte da comunicação, da política e da consciência popular”. Durante a manifestação também foi entoada a música "Dilma democratiza essa mídia", paródia de "Sociedade Alternativa" de Rau Seixas feita pela juventude da CTB pela aprovação do projeto de  lei de iniciativa popular que garanta pluralidade e diversidade na mídia.

Igor Pereira, secretário de juventude da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB/RS), entende que "o sistema de representação política existente foi posto em xeque por não representar efetivamente mulheres, trabalhadores e jovens que são a maioria do povo brasileiro", por isso os movimentos defendem "uma reforma política que combata a corrupção vinda principalmente do fianciamento privado e promova maior participação popular". 

Além disso, também foram apresentadas diversas outras demandas como a
reforma agrária, 10% do PIB pra educação e mais investimentos na saúde pública. O médico formado em Cuba e integrante do MST, Marcos Tiaraju, que estava participando do ato, falou sobre a vinda dos médicos estrangeiros: “Estamos encampando, junto com os demais movimentos sociais a defesa do programa Mais Médicos, a vinda dos médicos estrangeiros, principalmente dos cubanos, que estão sendo rechaçados pelos Conselhos de Medicina do Brasil”.


Após o final do desfile, os manifestantes puderam entrar na avenida onde antes ele estava acontecendo, no entanto, durante cerca de dez minutos, foram impedidos pela Brigada Militar de continuar com a passeata enquanto as autoridades não deixassem o local. Após serem liberados para seguir, os militantes avançavam de forma tranquila e gritando palavras de ordem quando passaram por um grupo que estava nas arquibancadas do desfile e que, vestidos com camisetas com a bandeira do Brasil, seguravam faixas quem pediam “intervenção militar já!”. Nesse momento, houve tensão e os dois grupos discutiram fortemente, a Brigada Militar precisou se colocar entre eles. Os manifestantes que seguiam pela Loureiro da Silva começaram a cantar músicas que lembravam os crimes da Ditadura e, após alguns minutos, a passeata dos movimentos sociais prosseguiu. O protesto foi encerrado por volta do meio dia na esquina com a rua José do Patrocínio. 

Adaptado de Alexandre Haubrich de Jornalismo B

Veja mais fotos do 19º Grito dos Excluídos



















2 comentários:

  1. os tais "RETARDADOS" que pediam a intervenção militar são de um grupo chamado Carecas do Brasil que nada mais é do que um grupo nacionalista de extrema direita, se diferem dos neo-nazistas por aceitarem negros em suas fileiras;

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    1. Já tinha ouvido falar desse grupo. Não é de hoje que temos ações desses grupos neonazistas em Porto Alegre, existe vários processos judiciais contra membros desses grupelhos. É preciso estar atento, eles são violentos, acho que uma forma de combater é justamente os meios de comunicação denunciarem suas práticas.

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